É interessante como as pessoas ficam impressionadas quando descobrem que mesmo sem poder enxergar, diagnosticado com Retinóse Pigmentar, uma doença que me causou cegueira, e que não existe cura, eu consegui me formar em Nutrição, cursar pós-graduação pela USP e acumular inúmeras qualificações em meu currículo como: Ser professor de Educação Física, escritor, palestrante motivacional/comportamental e Coach.
Elas ficam surpresas quando acompanham minha rotina e percebem o quanto sou amante dos esportes radicais, como gosto de praticar Jiu-jítsu, mergulhar, andar de bike, Jet Sky, golf entre outros esportes que me proporcionam sensações de liberdade e realização.
Elas ficam intrigadas e curiosas com a minha capacidade de resiliência, como se este poder de superação, força e ressignificação não estivessem dentro delas também.
Após cada palestra, consultoria ou treinamento, arma-se uma fila de pessoas/profissionais querendo falar comigo em particular, somente para poder ter certeza de que sou deficiente visual e feliz ao mesmo tempo!
“COMO QUE É ISSO?”
Muitas destas pessoas não compreendem como é possível viver tendo problemas a se resolver, e ainda assim superar os limites, os decretos negativos e as barreiras que muitas vezes são mentais. Acredite se quiser, mas muitas pessoas querem encontrar/ouvir de mim outras respostas para explicar o tipo de vida plena que levo, e justificar a negligência delas.
Percebo que enquanto muitas delas se inspiram ao ouvir-me falar, outras se enchem de autonegação e não admitem que um: “outro alguém”, menos favorecido fisicamente do que elas, foi capaz de “vencer a depressão, encontrar um novo sentido para vida e ser motivado”.
Neste momento um clima hostil paira no ar, e isso é bom!
Afinal é nesta hora de CRISE existencial é que tais pessoas são confrontadas e percebem que seus problemas não eram tão grandes assim. Além disso, justamente nesta hora de confrontação que elas têm que entender de uma vez por todas que suas vidas continuam estacionadas, monótonas ou sem evolução por única e exclusiva responsabilidade delas próprias.
Eu sei que os altos e baixos da vida deixam marcas doloridas, que recobrar as forças após uma decepção, perda ou tragédia e seguir em frente exige de nós perseverança, e que em alguns momentos da vida nós cansamos de reagir, mas o fato é que, após vivenciar o luto por qualquer situação difícil, precisamos nos levantar, “sacudir o pó” e “dar a volta por cima”. Caso contrário, seremos apenas pessoas mortas-vivas.
Você conhece pessoas mortas-vivas? Trata-se de pessoas que após um problema grande ou pequeno, simplesmente deixaram de viver, só existem.
Eu sou prova viva de que é possível ultrapassar limites, não cair no vitimismo e vivenciar sensações nunca experimentadas antes. Não há limites para quem deseja viver! Mas depende de nós a ATITUDE de reagir.
Às vezes, “há males que vêm para o bem”. E estes males é uma ótima oportunidade para nos transformar em meio à tempestade. Algumas circunstâncias podem nos servir de chacoalhão para nos tirar do piloto automático, nos fazer refletir e mudar de opinição sobre algo que éramos por vezes preconceituosos, implácaveis e até imaturos. Por isso, precisamos ressignificar as nossas vidas, e precisa ser agora!
Para quem não sabe, a palavra ressignificar quer dizer “retirar o afeto de algo”. Ou seja, para que você encontre alegria de viver outra vez, para que você tenha brilho nos olhos pelas situações ao seu redor como se fosse à primeira vez e para que você encontre novo sentido de viver é necessário que você retire o afeto negativo de tudo que já passou, ou não pode será ser modificado.
Eu precisei retirar o afeto de tristeza diante do diagnóstico terrível que recebi aos 18 anos para encontrar algo que me desse outro sigificado de viver, mesmo com essa impossibilidade visual. Ressignifiquei meus dias me superando, indo para faculdade e tirando boas notas, mergulhando, transferindo aos esportes minha energia, deixando para trás toda dor, depressão e angústia em cada pedalada de Bike.
Eu retirei o afeto da ira, da angústia e da indignação e então pude dar um novo sentido a minha jornada. E por fim me tornar quem sou hoje.
Para viver é preciso coragem!
Coragem para ignorar a dor, a comiseração e vitimismo que quer nos dominar (e com razão), afinal coisas ruins nos aconteceram, mas “sentar e chorar” não é opção para quem deseja sorrir outra vez, conquistar novos objetivos e encontrar o sucesso tão esperado.
Para encontrar essa tal de felicidade, é preciso ser forte, ousado e DECIDIDO. Se você não decidir retirar o afeto (ressignificar) você será simplesmente uma pessoa magoada, ferida e cheia de problemas que justifiquem seu fracasso e estagnação. Essa doeu? Se sua resposta for sim, saiba que foi intencional.
Roberto Shinyashik em seu livro: “Problemas? Oba!” Mostra que se temos um problema devemos nos alegrar, pois é sinal de que estamos vivos e temos capacidade de solucioná-los.
Se pegarmos a lista de quantas pessoas estão presas em cima de uma cama de hospital, quantas faleceram sem ter a oportunidade de ver mais um amanhecer e tantas outras que já estão acima da idade para tentar qualquer coisa nova, vibraríamos pela vida!
Os antigos gostavam de dizer: Está com dor de cabeça? É sinal que tem cabeça! Ou seja, você tem problemas a solucionar? Oba! É sinal de que você está vivo e tem poder de reflexão para encontrar a solução para qualquer percalço. Pense nisso e mude sua mentalidade sobre a vida e sua percepção.
Estamos chegando ao final deste conteúdo, e a dica desta semana é: DECIDA RETIRAR O AFETO NEGATIVO E ENCONTRE UM NOVO SENTIDO DE VIDA.
E lembre-se: Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existem – Oscar Wild.
Gratidão!
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