Certa ocasião li algo deveras interessante no livro do grande Anthony Robbins intitulado “Desperte Seu Gigante Interior” que gostaria de compartilhar com você, acompanhe.
“Aquele que faz perguntas não pode evitar as respostas – Provérbio de Camarones”.
Na época do Holocausto, os nazistas não precisavam de um motivo para matar os Judeus. Eles os caçavam com desumanidade e os carregavam como gado para os centros de concentração e extermínio de Auschwitz.
Nem em seus piores pesadelos, os judeus estavam preparados para presenciarem o fuzilamento de seus familiares, tampouco sobreviver após ver as pequenas roupinhas de seus amados filhos vestidas em outra criança, porque os seus filhos morreram em decorrência de um banho de chuveiro ou câmera de gás.
Foi quando então, certo Judeu chamado Stanley L, após vivenciar o horror de perder a família e os filhos, olhou ao redor, contemplou aquela cena e confrontou uma verdade inevitável: se eu permanecer aqui por mais um dia sequer, também morrerei.
Então ele tomou a decisão de que deveria escapar imediatamente. Não sabia como, mas sabia que precisava escapar. No decorrer da semana o judeu só sabia perguntar aos companheiros repetidamente: como podemos fugir deste lugar horrível? Como podemos escapar?
As respostas sempre eram as mesmas: “não seja tolo, não há escapatória”. “Formular tal pergunta só servirá para torturar a sua alma”. “Limite-se a trabalhar com afinco e rezar para sobreviver”. Mas o judeu não podia aceitar isso, e não aceitou! Tornou-se obcecado por encontrar uma solução que o tirasse dali, ainda, algo que ninguém cogitava.
E mesmo que as perguntas parecessem insanas e sem respostas, ele continuou a se perguntar dia após dia: “como posso fugir daqui”? Deve ter um meio de sair daqui vivo e saudável hoje? Tem que haver um jeito de fugir, mas como?
Ele tinha certeza da palavra bíblica no livro de Mateus 7:8 que dizia: E ao que pede receberás. E por algum motivo, naquele dia, ele encontrou a resposta para a sua fuga.
A fé que ele tinha em Deus, e a intensidade em que formulava a mesma pergunta, ou talvez, o senso de que agora era chegado o momento o fez focalizar de forma ainda mais incessante com a finalidade de obter uma resposta para a sua pergunta, até que conseguiu. O poder da fé, unido com o da mente e a espiritualidade que move as montanhas trouxe a solução.
A resposta surgiu de uma fonte improvável: pelo cheiro repulsivo de corpos em decomposição que estava há alguns passos do local em que trabalhava. Ali ele avistou uma enorme pilha de cadáver em cima da traseira de um caminhão (uma possibilidade). Corpos de homens, mulheres e crianças que tinham sido retirados da câmera de gás era a saída.
Ao invés de focar em o quanto os nazistas eram cruéis, infames e maldosos, em como Deus poderia ter permitido aquela matança ou por que Deus estava fazendo aquilo com ele (vitimismo), Stanley preferiu perguntar: Como posso utilizar disso para escapar?
E no mesmo instante ele obteve a resposta. Ao final do dia, quando o grupo de trabalho voltava para o alojamento, Stanley se escondeu atrás do caminhão, numa fração de segundos enquanto ninguém olhava. Em seguida, ele tirou as roupas e se meteu na pilha de cadáveres fingindo estar morto, permanecendo completamente imóvel.
E mesmo quando mais tarde, quase fora totalmente esmagado pela descarga de mais centenas de novos corpos em cima dele, ele continuo imóvel.
O cheiro fétido de corpos em decomposição o envolvia completamente. Ele esperou e esperou, torcendo para que ninguém percebesse que havia um homem vivo naquela pilha da morte, pedindo a Deus para que mais cedo ou mais tarde, aquele caminhão partisse dali.
Houve finalmente o som do motor do caminhão ligado, e tudo estremeceu. E naquele momento, no meio dos mortos, Stanley, sentiu um brilho de esperança.
Depois de algum tempo, o caminhão parou com um solavanco e despejou a macabra pilha de mortos e um homem vivo fingindo numa enorme cova aberta fora do campo de extermínio. Stanley permaneceu ali por horas, até que teve a certeza de que não havia mais ninguém ali. Então ele saiu da montanha de mortos ao anoitecer e correu nu por mais de 70 km até alcançar a liberdade.
Por que eu fiz questão de contar essa incrível e sem igual história? Qual a diferença entre Stanley e os demais judeus?
Claro que as respostas envolvem diversos fatores emocionais e psicológicos para todos eles acreditasse não existir chances, mas a diferença crítica e pontual de Stanley foi a de perguntar de forma constante, de maneira persistente a fim de obter respostas melhores mediante aquela situação, ate que o seu cérebro lhe ofereceu uma resposta que salvou a sua vida.
Faça agora uma analogia com sua situação atual e procure respostas que agreguem melhores opções de agir. Eu sei que a história de Stanley não se compara com a nossa, mas serve de exemplo.
Cientificamente foi comprovado que nós temos a tendência de agir muito mais movidos pela dor do que pelo prazer. Por exemplo, se te oferecerem um milhão para você ultrapassar uma tábua de um prédio para o outro, é bem provável que ao olhar para baixo você fique com medo de cair, o receio tome conta de você, os pensamentos de incapacidade lhe perturbem e você desista da prova de atravessar a madeira por um milhão.
Mas se o seu filho ou alguém que ama estiver em perigo do outro lado do prédio, e a única forma de salvá-la é atravessando a temível tábua, certamente você não pensaria duas vezes. Você atravessaria movido pela dor, muito mais do que pelo prazer de ganhar um milhão.
O que quero dizer com isso? Todos nós temos um instinto de sobrevivência surreal em nós. Somos capazes de suportar, atravessar, ir além e ter ideias fantásticas quando somos movidos por sentimentos maiores de sobrevivência.
O sentimento maior pode ser a insatisfação de uma vida igual, a paralisia profissional, a estagnação pessoal ou até mesmo a falta de resultados que você vem tendo há anos.
Que tal fazer perguntas incessantes até que o seu cérebro te apresente soluções ainda que em meio a uma pilha de desengano? O que acha de se perguntar: como posso sair desta condição?
Ao invés de questionar a Deus, se vitimizar ou não agir. Pense, pense, e pense. Faça perguntas, coloque a sua fé em ação, una o seu poder de resiliência e faça seu cérebro encontrar soluções melhores. Mude o seu futuro.
Chegou a hora de fazer alguma coisa!
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Você sabia que você pode encontrar melhores soluções para os seus problemas motivado pela dor do que pelo sentimento de prazer? Vem conferir e saber o porquê em meu artigo: https://www.linkedin.com/pulse/treine-o-seu-c%C3%A9rebro-para-fazer-perguntas-e-obter-op%C3%A7%C3%B5es-gonzales/?published=t